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Por Flávia Vasconcelos

Que a criatividade musical na Bahia é intensa, ninguém pode negar. Muitos ritmos desabrocharam de mentes inquietas, que não temem o novo, as experimentações e a mistura. E Pedro Moraes é uma dessas mentes baianas sempre efervescentes, faz parte de um grupo seleto de músicos soteropolitanos unindo refinamento e sabedoria musical à simplicidade de abrir-se a novas ideias, junto a novas gerações.

A música parece alcançar o seu íntimo como poucas coisas na vida. É como ele diz sobre o seu processo de produção “quando toco, nem pareço ser eu!”. Dono de uma sensibilidade ímpar, o músico possui uma sabedoria musical muito sólida, que vai desde a história da música em si e sua interferência na sociedade, até a prática, tocando música barroca, rock, tropicalismo, bossa nova, samba canção, além dos frevos que ecoam da guitarra baiana, seu preferido dentre os muitos instrumentos que sabe tocar. Sabe e tira deles o som que quiser e o que a imaginação pedir. Ele tem instinto musical.

Sempre apostando nas experimentações, foi um dos primeiros músicos a tocar na noite – ou nos bailes da vida, parafraseando Milton Nascimento – a música barroca, de um jeito bem particular e agradável ao seu eclético público. Arriscou-se também, nos anos 80, a tocar os clássicos dos Beatles no bandolim, como nenhum outro músico tinha feito até então. “A maioria dos músicos não arrisca por medo da crítica”, observa. “Eu chegava no barzinho, ali na Visconde de Itaboraí (bairro de Amaralina, orla de Salvador-BA), com o bandolim, e um outro músico trazendo o violão, e o pessoal falava: vai ter chorinho ou samba. E não tinha nada disso, era Beatles mesmo. E o público gostou.”, recorda.

Pedro começou a carreira em 1978, aos 16 anos, levando para os pequenos bares as fortes influências da Bossa Nova, os clássicos de Maysa, e, paralelo a isso, as músicas de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Os Novos Baianos. De perto, acompanhou Dodô e Osmar, toda a família Macedo e o pau elétrico, depois chamado de guitarra baiana, nos carnavais e nos ensaios, como um fã e admirador da habilidade e criatividade musical dos músicos que tinham reinventado o Carnaval baiano. Tornou-se, tempos depois, um exímio tocador de guitarra baiana e integrante do primeiro encontro, em 2007, do Grupo da Guitarra Baiana em Salvador.

A guitarra baiana e o Carnaval

A sua relação com a guitarra baiana rendeu boas histórias, inclusive com Aroldo Macedo, que chegou até ele de uma pedro moraesforma inusitada e o inseriu nesse ambiente, que ele diz ser muito saudável. “Se antes eu já tinha paixão pela guitarra baiana, hoje eu tenho muito mais, porque não se vê estrelismo entre os músicos.” Após descobrir que a afinação da guitarra baiana coincidia com o instrumento que já tocava, e ver Luiz Caldas e outros artistas tocarem no Trio Tapajós nos carnavais, e a Cor do Som tocando os frevos pernambucanos e as músicas clássicas de Mozart, Pedro resolveu experimentá-la e aprendeu a tocar o instrumento.

Em 2006, após adquirir um bandolim encomendado, e tocá-lo em alguns ensaios com amigos, Pedro recebe em casa uma ligação, numa tarde, de Aroldo Macedo, que se apresentou só como Aroldo, querendo saber um pouco mais sobre o bandolim. Pediu que tocasse o instrumento e, por telefone, Pedro tocou um trecho de uma música do próprio Aroldo, sem saber que o seu ouvinte era o compositor de fato. Depois de algumas músicas tocadas, segurando o telefone, Aroldo elogiou o que tinha ouvido e foi ai que Pedro reconheceu a voz. Querendo certificar-se de que a sua desconfiança era real, perguntou se o “tal” Aroldo tinha Macedo no nome e, após a confirmação, o nervosismo de fã veio à tona. Depois dessa conversa, marcaram um encontro, e Aroldo foi até a casa do fã, que tinha se transformado em parceiro, para ver o dito bandolim. Daí por diante, Pedro Moraes fez algumas apresentações com a família Macedo, a mesma que ele tanto admirava quando era folião e acompanhava atrás do trio elétrico.

Pedro Moraes e Aroldo MacedoO Carnaval passou a ficar ainda mais presente na vida do músico. Segundo ele, a festa tem estado bem mais profissional, e a guitarra baiana, símbolo da festa, tem retornado ao cenário musical com a ajuda da família Macedo, com Armandinho e Aroldo, e também de músicos da nova geração, como a banda Retrofoguetes, que, em seus shows pelo Brasil, sempre reserva um espaço para tocar o instrumento. E Pedro Moraes faz parte dessa comitiva pela redenção da guitarra baiana, sendo convidado para tocar em alguns shows.

Experiências musicais

Talvez a característica maior de Pedro Moraes seja a facilidade de experimentar vários estilos musicais. A sensibilidade e a intensidade com que faz seu trabalho permitem que ele perpasse por mundos diferentes. Um exemplo disso foi o período em que integrou um grupo de música árabe, tocando bandolim e, ocasionalmente, guitarra baiana. Saiu do grupo depois de quatro anos, mas continuou com essa vertente fazendo shows em eventos de dança do ventre e em teatros. Em 2008, fez apresentações no Teatro dos  Correios, no Teatro Anchieta e na Boomerangue, com a banda Retrofoguetes, acrescentando ao seu vasto repertório musical, e ao seu conhecimento sobre a história, o universo da música árabe. “De umas duas décadas pra cá, a forma de tocar música árabe mudou muito. Você ouve música eletrônica, salsa, tango e música francesa com levada de tambor árabe”, explica o músico.

Pedro Moares em show Tributo a Clara Nunes

Encantado com essa nova experiência, ele começou a compor, utilizando instrumentos de corda, como bandolim e a própria guitarra  baiana, misturando o árabe com o ritmo latino em músicas como Flor de Guadalupe e O Fio de Ariadne, usando como mote a importância da mulher na vida de um homem, e Dança das Fadas, nunca gravada, que simboliza sua própria sensação de ver, ao lado de determinadas bailarinas de dança do ventre, uma fada dançando. “Como se fosse um anjo da guarda”, complementa.

Para Pedro Moraes, estar compondo é “como se fosse conhecer um novo amor”. A música, para ele, preenche algumas lacunas na sua vida e tem sido uma companheira inseparável. Mesmo com uma vida tão misturada à música e tendo construído uma bagagem invejável de repertório e conhecimento musical, Pedro sempre teve outro trabalho em paralelo, na área financeira e contábil, sem qualquer relação com a arte, para apenas pagar as suas contas. Afinal, além de ser o Pedro sensível, que altera os seus sentidos e sublima quando compõe ou toca um instrumento, ele também é um cidadão que assume compromissos comuns, como qualquer outra pessoa. Porém, afastado do trabalho, Pedro Moraes tenta ser, por inteiro, realmente o que sempre foi: músico. E busca ainda mais se profissionalizar e divulgar o seu trabalho.

Atualmente, Pedro Moares se apresenta todas as quintas-feiras no bar Café & Cognac, no Rio Vermelho, às terças-feiras no Kebab, na Barra, além de fazer alguns trabalhos com a Escola Musical Center.

Contatos de Pedro Moraes:

Tel: (71) 9932-6161

E-mail: prlmoraes@hotmail.com

Myspace: http://www.myspace.com/pedromoraesmusico

Blog: www.pedromoraes.wordpress.com

Ordem Terceira do São Francisco

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caminhadadiploma

Fonte: Bahia Rock

No intuito de se promover a maior celebração feita ao Rock na Bahia, nos últimos 15 anos, é que nasceu a idéia de se homenagear os 20 anos de partida do maluco beleza, Raul Santos Seixas, com uma caminhada popular, no meio da rua, reunindo os fãs em torno de um tiro elétrico com vários convidados especiais.

“Sabemos que no sul do país as comemorações à Raul Seixas assumem grandes proporções, e Salvador estava precisando de uma iniciativa mais pomposa e explícita, apesar de já existir vários movimentos, tributos de bandas, o Toca Raul da UCSal que está na sua VIIIª edição por exemplo, teses de estudiosos, sósias e fãs espalhados por toda a Bahia. Agora é hora de reunirmos as forças e celebrar Raul Seixas como o maior ícone da nossa representatividade.” Afirma Alberto Velloso, representante do CUCCA  e um dos idealizadores do evento.

A concentração da caminhada será no Campo Grande e seguirá até a Praça Municipal.  A organização promete um trio elétrico do mais alto nível, tendo a  Arapuka do cantor Marcos Clément     ( destacado na cena de salvador como um dos mais atuantes do movimento “raulseixistas”), como banda base, que irá cedendo o espaço para diversos convidados especiais da música rocker na Bahia e no Brasil.

Serão feitas homenagens à personagens que figuraram na história de Raul, haverá apresentações de poetas convidados e jornalistas que darão um alô para a galera, além de um grupo de artistas plásticos que irão florear os transeuntes com faixas de dizeres a respeito do Rock.

“O Rock na Bahia já estava precisando desse momento, pois o monopólio cultural já está quebrado há algum tempo e os artistas alternativos possuem um patrono especial, um ícone da mais alta importância,  para assim conseguirmos o espaço que o rock merece”, diz Humberto Tedão, presidente da ABRAA (Associação Brasileira dos Artistas Alternativos) e Coordenador da Caminhada.

Esta caminhada se trata de uma manifestação pública onde o rock será apresentado com um espírito modernizado, no qual a qualidade de vida predomina se estruturando em três dimensões  básicas: ética, consciência e rock´in roll. Mudando, com isso, a vertente antiga, semeada nas décadas anteriores, quando os jovens de todo o mundo clamavam a tríade: sexo, drogas e rock´in roll. Espera-se a participação das famílias dos antigos fãs, pois após a morte de Raul várias gerações continuam amantes do Rock.

Os organizadores do evento prepararam um projeto para a construção de uma estátua em tamanho real a fim de captar recursos para a sua instalação na região do Iguatemi, onde já existe um viaduto com o seu nome. Instituições governamentais já se pronunciaram a favor. Também se propõe a IªParada Rock da Bahia para o ano que vem!!!

Caminhada:

Dia:  21.08.2009
Horário: Concentração as 16:00 horas no Campo Grande (saída prevista para as 18:00)
Percurso:  Campo Grande – Praça Municipal
Trio elétrico com Arapuka e convidados especiais
Realização: ABRAA e CUCCA
Mais informações: Alberto Veloso (8719-5023)


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lulawagnargeddelPor Pedro Moraes

Geddel conseguiu. A aliança nacional entre o PMDB e o PT está desfeita na Bahia. Mas o que o PMDB queria? É difícil responder depois de tantos benefícios ganhos. Geddel é ministro de um governo do PT, na Bahia o partido tinha o comando de três secretárias, sete órgãos do estado, aproximadamente 500 cargos comissionados e o apoio total do governo estadual e federal em suas prefeituras. Ontem (08), Wagner provando que as desavenças partidárias entre o PMDB e PT não interferem nas ações do governo, inaugurou uma série de obras em Morro do Chapéu, terra do prefeito “gedelista” Lucídio Rebelo (PMDB), como a construção do sistema de abastecimento de água na comunidade quilombola Barra de Dois, que vai abastecer os povoados de Olaria, Candeal e Palmeiras; dois sistemas simplificados de abastecimento para as comunidade de Várzea Grande e Jacarezinho e a construção de uma nova escola para o distrito de Icó com seis salas de aula. Ao todo, os investimentos ultrapassam R$ 970 mil, auxiliando a aproximadamente mil pessoas.

Parece que Geddel que nunca foi um parceiro confiável, arregalou os olhos para eleições que tem pouquíssimas chances de ganhar. Na política, acredito que muito superior ao ego de cada indivíduo, um projeto tem que ser defendido e acompanhado, um político só deve contestar essa diretriz se ele tiver um motivo ideológico ou um projeto de governo diferenciado, algo superior aos interesses pessoais, coisa que com certeza o PMDB baiano e Geddel não têm.

O PMDB, a nível federal, continua sendo um importante aliado do governo Lula, ele oferece estabilidade política garantindo que os projetos do governo serão levados adiante, com esse parceiro a base governista é maioria absoluta na câmara e no senado. Porém, o PT e PMDB na Bahia e Brasil são historicamente partidos diferentes. Nascidos em berços opostos, o partido do ministro Geddel é um “amigo” que adora o poder e independente de quem esteja à frente existe a possibilidade dele abraçar a causa. O grande problema é que o partido quando vira aliado cobra um preço caro, arregala os olhos, enche a boca de água e exacerba no pecado capital da gula, “raspando todo o tacho” só deixando os farelos.

A ruptura foi boa para Bahia, afinal, é importante termos políticos do PMDB com cara de PMDB e os do PT com cara de PT e não como estava, onde podíamos encontrar no mesmo saco de farinha os dois, estávamos com um governo sem identidade petista. Acredito que eleitoralmente, apesar de parecer o contrário, o vitorioso nessa ruptura é Jaques Wagner. Os eleitores do governador estão definidos e sem esse aliado que “só queria raspar o tacho” a tendência é que Wagner comece a fazer o que não estava fazendo: Dar atenção aos verdadeiros amigos. Com a entrada de Geddel na Briga o que vai existir é uma luta entre ele e Paulo Souto que tem um eleitorado semelhante. Ambos vão se fragilizar e possivelmente vamos ver Geddel novamente no governo, seja no segundo turno apoiando Wagner ou apoiando o governador depois de eleito no primeiro turno, para mais uma vez encher o próprio prato.

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Primeiramente, quero parabenizar o SINJORBA pela iniciativa de tentar mobilizar os jornalistas baianos.

Mas, com muito pesar constatei que faço parte de uma classe desinteressada e desunida que infelizmente não sabe se mobilizar e não tem o menor interesse de lutar pelos próprios direitos. Acredito ser inadmissível que uma capital com tantas faculdades de jornalismo e com tantos profissionais formados reúna APENAS 20 pessoas em uma manifestação. Isso é patético! e a culpa não é do SINJORBA ou FENAJ, é sua, você mesmo, o que prefere sempre ficar com a bunda (humilhada, mal paga ou desempregada e com um diploma que hoje é apenas um enfeite de parede) sentada em casa ou no trabalho curtindo o velório da própria profissão sem fazer nada … Nada? Aliás, muitos de nós fazemos “muitas” coisas, como por exemplo, ficar se lamentando, ou discursando pela internet sobre a decisão do STF. Digo aos colegas: muitos picaretas vão entrar em nossas vagas e temos que sair do mundo virtual e tomar as ruas, pois precisamos gritar e lutar JUNTOS por uma profissão mais digna. Sem vocês que ficaram em casa, não iremos para lugar nenhum. A luta é nossa e não de vinte! Temos que lutar enquanto existe tempo, a batalha não será fácil, mas se continuarmos da forma que estamos… O STF será vitorioso.

Pedro Moraes