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“Não tenho medo de reclamação, dirijo em todos locais da região e coloco o som na altura que quero porque nunca ouvi falar que alguém daqui teve problema com isso”.

Por Pedro Moraes

Venho recebendo constantes denúncias de diversas pessoas que estão se sentindo prejudicadas pela intensa poluição sonora, que se alastra com cada vez mais intensidade na microrregião de Irecê.  O cenário não é diferente em nenhuma das localidades, carros equipados com aparelhos sonoros de alta potência, passam nas ruas com o volume acima do permitido em qualquer horário, as festas são executadas sem nenhum tipo de domínio acústico, os bares colocam som ao vivo ou mecânico sem controle de altura ou horário e o comércio não se cansa de usar os carros de som rodando pelas cidades anunciando suas ofertas.

Em Lapão, muitas pessoas que preferem não se identificar, por receio de algum tipo de coação, alegam não ter condições de trabalhar ou simplesmente dormir com o intenso barulho nos bares da cidade e carros com som. Essa situação é vivenciada por um lavrador que mora em uma das ruas atrás da AV. ACM, que dá acesso à cidade. “No outro lado da rua tem um bar que funciona durante toda a semana vendendo espetos de carne assada e cerveja a noite. Se chama Espetinho do Wilson, ele não me dá sossego. Sou paciente, mas mesmo assim não estou aguentando, na segunda, trabalho cedo e no domingo o barulho só acaba depois das duas da manhã. Agora me diz, como posso acordar às cinco se durmo depois das duas?”, questiona o agricultor.

Praça Bráulio Cardoso

Outro morador da cidade, que reside na praça central tem o mesmo problema. “Na Praça Bráulio Cardoso tem um local chamado Bar do Enoque, que colocam uma caixa de som e todo fim de semana leva uns cantores para cantar o mesmo repertório, já gravei todas as músicas. E tem outro, na mesma rua, chamado Mega Bar que coloca um som mecânico super alto. Se o som ainda fosse baixo tudo bem, mas parece que esses bares colocam as músicas para todas as ruas vizinhas ouvirem e não só para os clientes. Na minha sala, não dá para ver televisão direito, se for conversar, tenho que trancar as janelas e a porta. Para dormir, não tenho direito de escolher o horário, é só quando a farra parar. Tentei reclamar, fui ao bar, conversei com um funcionário, liguei para a polícia, mas nenhum dos dois me deram atenção. Alguém tem que tomar providência, não é possível que o divertimento de poucos que sentam nas mesas da praça seja mais importante que o direito de dormir de moradores de várias ruas”, desabafa.

Na Rua Antônio Pereira da Silva, os moradores dizem que a realidade é ainda mais complicada. Um comerciante que tem um estabelecimento próximo a sua casa comenta que na localidade o único dia de tranquilidade é na segunda. “Se alguém chegar aqui na rua até às 22h,  pensa que o lugar é um paraíso, mas certamente chegando depois das 0h vai conhecer outra realidade. Tem um bar bastante conhecido, chamado Tenta do Carlinhos que só deixa as pessoas terem sossego na segunda, pois durante todo o resto da semana ele fica até 3h da manhã aberto e se não bastasse o barulho interno, ainda tem pessoas que não conseguem entrar no estabelecimento e ficam de fora conversando alto e zoando na rua. O som do bar é alto,  mas o que incomoda mais é o público, é gente gritando, falando palavrões e carros que ao saírem cantam pneu e aumentam o som. Em decorrência disso, não durmo bem  e acabo tendo que lutar durante o dia para não ficar mal humorado, e não descontar o stress nos clientes ou na minha família, pois a ausência do sono causa irritação. Fiz uns tampões nas centelhas das janelas para minimizar o problema, mas mesmo assim, o barulho entra. A justiça deveria obrigar esses estabelecimentos que são próximos a residências, a usar um isolamento acústico e a polícia deveria fiscalizar mais isso. Sinto-me  lesado, pago meus impostos em dias e não precisaria ficar fazendo denuncias sobre isso, até porque existem leis que são fáceis de serem cumpridas, bastas às autoridades quererem colocá-las em prática”, disse o comerciante.

Na cidade, o maior problema em relação à poluição sonora é o volume excessivo dos aparelhos de som dos veículos. Eles não obedecem a horário, nem muito menos o nível de ruído, a problemática é tão comum que já virou um hábito, hoje, dizer que tem um carro em Lapão que não seja bem equipado com esse acessório soa estranho. O menor de iniciais ASD, de apenas 15 anos, afirma que o pai colocou o som no carro com uma potência considerável a seu pedido e que infringe a lei pela certeza da impunidade. “É massa demais, onde paro faço a festa. Não tenho medo de reclamação, dirijo em todos locais da região e coloco o som na altura que quero porque nunca ouvi falar que alguém daqui teve problema com isso”, diz o estudante. Na Rua José Mangueira, um funcionário público conta que em um bar de sua rua, vários clientes param o carro em frente ao estabelecimento e abusam do som alto. “O próprio proprietário tem um carro e faz isso. Quase todos os dias eles encostam na calçada e ligam o som em altura que incomoda a rua toda, já fui na delegacia registrar ocorrência e ao Ministério Público, ambos disseram que iriam resolver o problema, estou aguardando”.

O capitão da policia militar, José Renato, convocou para uma reunião alguns proprietários de bares da cidade expondo os problemas. Ao término, foi combinado informalmente que os donos dos estabelecimentos iriam se comprometer em reduzir o volume, assim como não atender clientes que estejam com o aparelho de som ligado. O militar ainda disse que no descumprimento do acordo, ele iria acionar o poder judiciário para resolver o problema. Mas, infelizmente na mesma semana da reunião a situação permaneceu a mesma.

A Superintendente de Apoio Rural e Meio Ambiente e presidenta do Conselho em Defesa do Meio Ambiente, Lucivanda Oliveira Porto, reconhece a gravidade do problema e promete em breve algumas mudanças. “O código municipal de meio ambiente e o conselho foram implantados e estão aptos a funcionar. Já solicitamos um decibelímetro (aparelho responsável para medir o nível de ruído) e em parceria com a polícia militar vamos verificar a situação para tomar as devidas providências”.

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (26/05), a Comissão Especial encarregada de emitir parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional 386/09, a PEC dos Jornalistas. O prazo para emendas à PEC está aberto a partir desta quinta-feira. A expectativa é de que o parecer sobre a proposta seja apresentado no máximo até o dia 24 de junho.

A PEC 386/09, de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT/RS), teve sua admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara em novembro de 2009. Desde este período a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, integrada por deputados e senadores de diversas siglas, esforça-se para acelerar a tramitação da matéria. No início de maio, em contato com o autor da PEC e com o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), comprometeu-se em acelerar a instalação da Comissão Especial.

Na reunião de instalação ocorrida na tarde desta quarta-feira, no plenário 14 da Câmara, foram definidos o presidente e os três vices da Comissão Especial, deputados Vic Pires (DEM/PA), Rebecca Garcia (PP/AM), Francisco Praciano (PT/AM) e Coubert Martins (PMDB/BA), respectivamente, como também o relator da matéria, o deputado Hugo Leal (PSC/RJ). Embora o relator tenha o prazo de até 40 sessões para emitir parecer sobre a matéria, um acordo de lideranças estabeleceu o prazo de 10 sessões para que isto ocorra. O relator pretende fazê-lo até o dia 24 de junho.

Com o prazo de emendas à PEC já aberto, cada parlamentar que desejar apresentar alguma proposta de alteração no texto original precisará do apoio de pelo menos 171 deputados. A Comissão Especial tem nova reunião agendada para o dia 1º de junho (próxima terça-feira), para traçar um plano de trabalho e aprovar requerimentos de audiências públicas sobre a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo.

FENAJ

Considerado por muitos o boêmio mais antigo da região, o lapoense conhecido como “Quinho”, de 80 anos, esbanja energia e mesmo após muitos carnavais não perde uma festa, estando sempre pronto para dançar a próxima música. “Minha pressão arterial é doze por oito e o coração está inteiro, quando vou ao médico o pessoal fica admirado com minha saúde. Tenho essa idade e desafio qualquer jovem ou velho a me acompanhar, os novos de hoje estão acabados e os velhos de minha época, também. Posso curtir mais de dez noites seguidas e no outro dia não sinto nada. As vezes estou em casa e basta ouvir um som na rua, bato o pé e já estou pronto para a folia. Todo fim de semana vocês me encontram na boemia, pode ser no bar de Enoque, Forró da Neura ou qualquer outro local da região que venha um cantor de fora”.

Casada há quase 54 anos com Quinho, dona Neuza diz nunca ter sentido ciúmes do marido, e não se importa com as constantes farras do boêmio lapoense. “Ela não gosta de sair, foi uma ou duas vezes no carnaval e nunca mais quis ir. Às vezes chego amanhecendo o dia e ela nunca diz nada, criei meus seis filhos, mas nunca perdi minhas farras. Se o cara tem energia, tem que curtir, não é mesmo?”, salienta Quinho.

Conhecido na região por suas habilidades como dançarino, Quinho dança de bolero a forró e afirma saber dançar quatorze estilos diferentes, acompanhado por uma dama, e qualquer outro ritmo sozinho. Ao se recordar do passado, eufórico, ele conta: “Quando era mais jovem, ganhei o prêmio de dança no salão de Eurico, aqui em Lapão, depois disso um cara de Presidente Dutra me desafiou para ver quem era o melhor dançarino. Fui à cidade dele, dancei muito e ganhei na aposta oito grades de cerveja, fizemos uma farra danada. Na época tinha um sanfoneiro com nome de Muritiba e outro conhecido como Nenem do Belo Campo, e onde eles tocavam estava por perto”.

QUINHO NO FAUSTÃO – Em-polgado com seus talentos como dançarino, Quinho encaminhou um DVD para o programa do Faustão, dançando dez tipos de ritmos para o quadro “Se vira nos trinta”, esperou dois anos e foi chamado. “Foi emocionante, eles pagaram tudo, fiquei em um dos melhores hotéis e conheci vários artistas. Além de Faustão, conversei com o grupo Jota Quest, Ivete Sangalo e Caçulinha.”

Quinho comenta que no dia da apresentação tinha um jogo do Brasil e a equipe estava correndo contra o tempo. Com a pressa, o auxiliar de palco trocou as placas anunciando que ele dançaria merengue e lambada, porém, o que tinha sido combinado era para dançar um pouco de vários estilos. “Sei que comecei a fazer uma dança, só que quando mudei de ritmo, os jurados não entenderam e fui desclassificado. Mas o erro foi deles, fui falar com Faustão e ele concordou comigo”. Quinho não desistiu e logo que retornou encaminhou outro DVD para a produção do Domingão do Faustão dançando desta vez quatorze ritmos diferentes. “Também enviei um para o programa do SBT, “Qual é o seu talento?”, as duas emissoras me pediram para aguardar  um pouco. Quero muito voltar e desta vez vou para ganhar, mas se perder, o que vale é a farra, a aventura e a curtição”.

HISTÓRIA: Francisco Lages de Carvalho ganhou o apelido ainda criança, quando as tias o chamavam de Francisquinho, se abreviando depois para apenas Quinho. Começou trabalhando na lavoura e depois decidiu pintar e consertar bicicletas. “Fiquei alguns anos trabalhando com isso até que comprei um projetor de cinema e passava numa bitola de 16mm filmes de faroeste e guerra por toda região”. O cinema móvel do Quinho passou por Lapão, Campo Formoso, Ibipeba, Barro Alto, São Gabriel, Uibaí, Presidente Dutra, Hidrolândia e Barra do Mendes.

De acordo com Quinho, os salões lotavam nas exibições.  “Naquele tempo não existia cinema na região, fiquei dois anos nesse ramo, até que fiz um rolo”. Quando ele desistiu do ramo, juntou a moto com o projetor e trocou por um caminhão para fazer frete da produção agrícola na região e levar os mascates para feiras de João Dourado, Ibititá e Xique-Xique.

“Sou um homem de vanguarda, sempre gostei de inovar, fiz bicicleta de pau, adaptei caminhonetes, mas era louco por avião. Comprei plástico, fiz uma hélice e comecei a fazer a estrutura da nave, mas mamãe achou que iria morrer, me tomou o material e escondeu tudo (risos)”. Quinho não desistiu do sonho de voar, vendeu uma porca por 53 mil réis e fretou um avião até Xique-Xique. “Fui o primeiro homem da região a voar de avião,” diz, orgulhoso.

Pedro Moraes

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Há trinta anos saia de Cabrobó, interior Pernambuco, mais um pau-de-arara com pessoas que sonhavam com dias melhores. Ao ouvir falar na terra do feijão, seu Otacílio não pensou duas vezes e viajou com sua esposa, dona Josefa e os dez filhos em um caminhão fretado por sonhadores. Dentre eles estava Severino que relembrando o passado narra um pouco de sua história: “Vimos em busca de trabalho, não conhecíamos nada por aqui, porém a situação em Cabrobó estava difícil e sempre alguém dizia para gente que Irecê tinha muito serviço então meu pai veio conferir. Por aqui deu certo, gosto muito da cidade, mas sinto saudade do rio São Francisco. Quando era menino me divertia pulando da ponte para água, são momentos de uma boa infância”, conta Severino Ferreira de Lima, conhecido como Bil.

O jovem pernambucano logo conseguiu emprego na Bahia e nas lavouras da região de Irecê e oeste baiano, Bil trabalhou como tratorista por mais de 20 anos, plantando soja, algodão, milho, feijão e mamona. Casou-se três vezes, sendo que o primeiro casamento durou dez anos, o segundo cinco e o terceiro quarto. “Hoje estou só, mas em busca de um novo amor porque ainda sonho em ter um filho. Tem umas moças que me procuram perguntando se sou casado, mas gosto de ir atrás, essas assim não dão certo”.

Já com 41 anos, Bil conta que de seus amores a segunda esposa foi a que mais marcou e voltaria a viver com ela, porém o orgulho dos dois lados, não conseguem cicatrizar as mágoas do passado. “Uma mulher que sinto falta é Luzia, ela era muito boa para mim, mas o ciúme estragou muita coisa. Nós brigávamos muito e juramos um para o outro nunca mais se falar. Um tempo depois ela se casou novamente e se separou, também está só, mas hoje, um passa pelo outro de cara fechada. Tenho vergonha de procurá-la e tentar voltar, mas se ela me procurasse,  ficava com ela e tentava tudo novamente”.

Com um sorriso e expressivo e um papo amistoso, o ex-agricultor trabalha numa barraca que era de sua mãe, que se aposentou há três anos. Todos os dias, bem cedo, ele abre o local e começa a vender um pouco de tudo, dentre outros, bebidas, chocolate, balas e lanches. “Hoje o que mais vende é água de coco, os salgados e a velha pinga de raiz”. Falando em pinga, a barraca do Bil conserva a tradição e tem uma variedade impressionante de cachaças. Tem para todos os gostos, é carapiá, umburana, quebra-facão, jatobá, catingueira, quebra-pedra, camaçari, para tudo, pindaíba, dandá,  cambuí,  junco, cidreira, capim santo e erva doce. “Compro as ervas no mercadão, jogo na garrafa com pinga pura dá boa e deixo curtir. Depois de uns três dias ela já pronta”, revela Severino.

Bil comenta que a barraca além de ponto de encontro para as pessoas que pegam ônibus para cidades vizinhas, também serve de “farmácia”. “Os caras chegam aqui e dizem: Bil, bota ai uma dose para dor de coluna, ai toma um jatobá, se tiver de disenteria vai de umburana, se tá com tosse toma uma pindaíba e se aparecer com dor nos rins o cara vai de quebra-pedra. Não sei se funciona mas eles dizem que melhora na mesma hora(risos)”.

Pedro Moraes

DSC06738 (Small)Lineage, Control Strike, GTA ,The Sims, The Duel,  e muitos outros nomes estranhos, como estes, podem parecer algo abstrato para a maioria das pessoas, porém, para alguns jovens apaixonados por jogos eletrônicos esses nomes são sinônimo de entretenimento, dedicação e dependência.Paulo Damasceno de 14 anos, diz que já chegou a jogar 18h por dia, “só não fico na frente do computador quando estou na escola, passo horas conquistando novos itens no jogo como armas, armadura  para lutar  virtualmente com meus colegas. Quero ser o mais forte do servidor.”

Toda essa dedicação infelizmente traz consequências negativas, o estudante Atos Oliveira, 19 anos, comenta que já perdeu de ano na escola  e até uma namorada. “Jogo Lineage há 4 anos, atualmente fico de 2 a 3h por dia no game, estou me controlando para reduzir. Quando era sexta série, ficava muito mais tempo, chegava a 6h, acabei repetindo o ano e sendo largado pela namorada. Na época, morava em Irecê e ela em Lapão, deixava de vê-la para ficar jogando, quando ela soube inventou uma historia e não quis mais”.

“Quando alguém me proíbe de jogar, fico mal, me sinto como se não tivesse nada para fazer, fico entediado, não vou estudar porque sinto raiva de quem proibiu e tudo piora. Jogar já me prejudicou muitas vezes, quase todas as recuperações que fiz no colégio foi porque deixei de estudar para jogar”, comenta Paulo.

Diversos estudos apontam que os jogos eletrônicos, a principio, não são um problema e ajudam no desenvolvimento do raciocínio, porém eles viram um problema grave quando interferem na rotina do jogador, gerando, por exemplo: baixo rendimento na escola, falta de sociabilidade, depressão, diminuição dos hábitos de higiene pessoal, falta de apetite, enxaqueca e insônia. Nesses casos os responsáveis devem ficar atentos e se o problema não for resolvido apenas com o diálogo ou naturalmente, vale a pena procurar a ajuda de um profissional.

No mundo dos jogos virtuais os jovens se transformam em quem querem, ganham poderes especiais, enfrentam batalhões e vivenciam uma fantasia que gera prazer. Porém essa sensação pode ser “a ponta de um iceberg” escondendo problemas maiores como depressão ou transtornos compulsivos.

Em entrevista a revista Época, o psiquiatra Daniel Spritzer, especialista na temática, alertou que “o organismo de um viciado em jogos de computador reage de maneira parecida ao de um viciado em drogas como crack ou cocaína. Quando a pessoa está jogando, seu cérebro libera uma substância chamada dopamina, que causa sensação de prazer e euforia. Isso faz o viciado querer passar todo o tempo jogando. Enquanto no organismo do viciado em drogas a dopamina é liberada por um estímulo químico, no viciado em jogos de computador ela é liberada por causa de um comportamento repetitivo”, diz o psiquiatra.

Pedro Moraes

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Fonte: SECULT

O quê: Debate Jornalismo Literário – O New Jornalism (CCBB Itinerante)

Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves

Quando: 18 de agosto, terça-feira, às 19 horas

Entrada gratuita


No dia 18 de agosto, das 19h às 21h, dentro da programação do Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante (CCBB Itinerante) Etapa Salvador será realizado o debate Jornalismo Literário – O New Journalism e as Experiências Inovadoras do Jornalismo Brasileiro, com a presença dos jornalistas e escritores Luiz Carlos Maciel e Nirlando Beirão. Com mediação da jornalista e editora do suplemento Revista de A Tarde, Nadja Vladi, o encontro acontece na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, com entrada gratuita.

O objetivo do debate é o de discutir o Jornalismo Literário, no Brasil e no mundo, apresentando o que de melhor foi produzido no gênero. Nirlando Beirão deverá apresentar o tema em linha gerais: o que é o New Journalism, quando surgiu, seus expoentes e as experiências inovadoras do jornalismo brasileiro. Luiz Carlos Maciel vai falar sobre sua carreira e, em especial, seu trabalho no jornal O Pasquim, do qual foi um dos fundadores.

Luiz Carlos Maciel é escritor, jornalista, roteirista. Foi um dos fundadores do lendário Pasquim, onde era o responsável pela coluna Underground, na qual foram divulgadas para o Brasil as primeiras informações sobre o movimento da Contracultura, nos anos sessenta. Trabalhou em jornais no Rio de Janeiro, entre eles Jornal do Brasil, Última Hora e na revista Fatos e Fotos. Editou o semanário Rolling Stone. Foi crítico de teatro para a revista Veja de 1977 a 1979. Em 1996, publicou Geração em Transe (Nova Fronteira,1996), em que aborda diferentes momentos e obras da contracultura brasileira. Em 1998, seu roteiro para o filme de longa-metragem Dolores foi premiado pelo Ministério da Cultura.

Nirlando Beirão é jornalista e escritor. Nasceu em Belo Horizonte e estudou Antropologia na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi editor de Política de Veja; editor de Cultura de Istoé; redator-chefe de Senhor; colunista do Estado de S. Paulo; editor de Playboy; diretor de redação de Caras. Assina hoje a seção Estilo em Carta Capital, é diretor-adjunto da Revista Brasileiros e publisher da Wish Report. Tem vários livros publicados, entre eles um sobre a região dos Jardins, em São Paulo, um sobre bares – cultura e boemia –, uma biografia do arquiteto Cláudio Bernardes, outra do ex-ministro Sergio Motta e, em parceria com o publicitário Washington Olivetto, a segunda edição de Corinthians: É Preto no Branco – embora sua família mineira continue dizendo por aí que ele é, de fato, Atlético Mineiro.

As senhas para o debate devem ser retiradas com uma hora de antecedência, na bilheteria do teatro.

Acaba o recesso parlamentar na Bahia. E daí?!

Publicado: 01/08/2009 em Jornalismo
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Por Pedro Moraes

Na próxima segunda, dia 03 de agosto, o recesso parlamentar da assembléia legislativa da Bahia acaba e nossos “nobres” deputados estarão voltando ao trabalho para debater e apresentar projetos de lei que mudarão para melhor o nosso estado. Como seria interessante ler isso. Mas qual foi o último grande projeto aprovado pela assembléia legislativa da Bahia? Você lembra? Qual mudança significativa aconteceu no nosso estado em decorrência do trabalho de nossos deputados?

Assistir uma seção no plenário da assembléia é uma piada de péssimo gosto. Não pense você que irá presenciar debates vigorosos e assiduidade desses funcionários que recebem um salário bem superior a média de um trabalhador normal.  Enquanto algum parlamentar discursa, geralmente falando de sua agenda, ou das briguinhas partidárias, a maioria dos colegas fica batendo papo em celulares (gasto com dinheiro público), foliando revistas e jornais, cochilando ou confraternizando com os colegas na sala do cafezinho. É patético, mas a verdade é que a grande maioria de nossos parlamentares quando resolvem comparecer a um plenário ou comissão, assina a presença e finge pelo resto do tempo que estão presentes.

Depois de tantos anos acompanhando os “trabalhos” da assembléia encontrei quatro tipos de parlamentares. Os pouquíssimos que tentam trabalhar, “os gasparzinhos”, os mendigos do orçamento e aqueles fanáticos por festividades. De acordo com a nossa constituição um parlamentar deve fiscalizar o poder executivo, criar projetos e leis que quando aprovados possam garantir o bem estar da população. Mas essa teoria está distante da nossa realidade. Como alguns parlamentares guardiões da lei podem defender algo que eles não seguem? Será que alguém já parou para conferir quantos funcionários que estão na lista de pagamento trabalham ou existem? E os repasses de salários? Aposto que a mesa diretora não é tão inocente e sabe que muitos funcionários não recebem nem a metade do que indica no contracheque. E o resto do dinheiro? É claro que vai para o bolso do deputado, afinal os coitados ganham tão pouquinho, não é verdade?

Os mendigos do orçamento são aqueles que para fingir que fazem alguma coisa, andam com uma “pastinha” lotada com papéis comprovando que pediram ao governador várias coisas. Pedem de tudo: colchão, vaga em hospital, exame médico, poço artesiano, telefone público e muitos quilômetros de asfalto. Só com um único objetivo: no dia que o executivo realizar as obras, todas já previstas, abrir a boca para dizer “eu consegui, então votem em mim”.

Tem também aqueles que a função principal é não perder festas. De enterro de galo velho até aniversário de boneca,rip-time-lord-11 tendo eleitor e um bom cafezinho, eles estão lá, dando tapinhas nas costas e “sorrindo aquele riso franco e puro para um filme de terror” como diria o velho Rauzito. Na mesma família tem aqueles que não perdem eventos, mas freqüentam em regime “EAD”. São os reis das moções parabenizando os municípios com seus aniversários. Será que precisamos de parlamentares apenas para apresentar moções cheias de “puxa-saquismo” parabenizando municípios em suas datas festivas? O que a população baiana ganha em saber que o “deputado tal” está feliz porque uma cidade fez tantos anos? Se a felicidade pelo menos fosse verdadeira… Confiram no link (http://www.al.ba.gov.br/proposicoes.cfm ) as preposições dos parlamentares e você vai ver que a maior parte da “atividade parlamentar” de nossos representantes é pautada em moções festivas.

Ahh! Esqueci dos Gasparzinhos! Mas também quem se lembra deles? Os coitados aparecem de quatro em quatro anos nas cidades e na assembléia porque preferem ficar flutuando entre o Alpha e Ômega em suas aconchegantes casas e nos ambiente refinados do estado. É uma pena, eles não batem ponto e não tem salário descontado por faltas.

Finalizo esse texto, torcendo para que esteja errado, que no próximo dia 03 esses funcionários do estado cumpram o compromisso que o cargo exige e se esforcem, minimamente, para fazer da Bahia um local cada vez melhor, pois não precisamos de “mendigos do orçamento”, “Gasparzinhos” e nem muitos menos de puxa-sacos, necessitamos de verdadeiros deputados.

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“Eu protejo a natureza com orações. Quem sabe essas orações não inspiram os militantes ambientalistas? ”

Lua e sol, terra e mar. Esses são elementos divinos de um wiccan ou neo-pagão. Mas, o que é a wicca? Nessa entrevista com a wiccan Priscila Mattos, conhecida entre os praticantes da religião como “Pétala”, você vai conferir um pouco sobre desta misteriosa religião, que cultua os elementos da natureza como símbolos de supremacia espiritual.

Pedro Moraes: O que é a wicca?

Priscila Mattos: Simplificando é uma religião que cultua os elementos da natureza. Não existe para nós céu ou inferno, acreditamos que quando um wiccan morre ele vai para a terra da juventude, recuperar suas energias. A wicca também é conhecida como a religião da natureza, da deusa mãe, a religião das bruxas, enfim, vários nomes são  associados a nossa prática. Nosso Deus é real, é o mar, à árvore, as flores,  a divindade está em muitos locais. Nossa origem é ampla, existem várias vertentes, as que têm mais adeptos  são as que seguem as idéias Alexandrinas, Saxônicas e Célticas. Cada tendência tem suas particularidades, mas, todos seguem as ordens de um conselho Wiccaniano que prega em primeiro lugar que você não pode fazer mal a ninguém inclusive a você. Essa é a regra mais básica, porém, a mais complexa e importante.

R:  O wiccan pode ser considerado também um ambientalista?

PM: A principio não. Amamos toda e qualquer expressão ambiental, mas, nossa ligação com a natureza está mais ao espírito do que com a militância ecológica. Apenas acreditamos em um Deus natural. Porém, temos algumas pessoas iniciadas na religião neo-pagam que estão ligadas a ongs ambientalistas  daqui de Salvador. Uma coisa não interfere na outra.

R: A relação me parece extremamente alinhavada. Como ter a natureza como algo supremo e não lutar pela sua sobrevivência?

PM: Cada um luta de uma forma, como te disse, alguns wiccans são ligados aos movimentos ambientalistas outros não. Eu protejo a natureza com orações. Quem sabe essas orações não inspiram os militantes?

R: A religião das bruxas sempre foi perseguida pela igreja cristã. Como os Wiccans lidam com os católicos hoje?

PM: Um wiccan não tem o direito de ter raiva ou guardar rancor. A convivência por nossa parte é normal.

R: Muitos dizem que a deusa mãe é um indício de hibridismo cultural da Wicca com o cristianismo. Seria a Deusa mãe uma Maria dos católicos?

PM: A meu ver não tem relação. A deusa mãe pode ser associada a Gaya deusa grego-romana criadora do mundo, a mãe terra. Suas características são semelhantes.

R: Como funciona a ligação dos rituais da Wicca com a natureza?

PM: Para começar não temos templos. A wicca é uma religião ligada ao xamanismo, nossos ritos e magias são realizados em reservas, jardins, parques ou ao ar livre. Nossa energia vem desses locais. Tudo em nossa religião está ligada aos fenômenos naturais. Temos por exemplo o “Beltane” que é realizado rituais de fertilidade, comemorando a chegada do verão. Em nossas reuniões dançamos, cantamos e meditamos. Essa é a nossa forma de adorar os deuses da natureza,  criamos uma esfera de energia que ajuda a equilibrar o mundo.      

Nossos remédios são chás, porções a base de ervas medicinais, a aroma dos incensos também tem um forte poder de cura.

Clique na Imagem para conferir outras fotos.

(Nota de Divulgação)

http://editoraplus.org/livros/gente-das-aguas/comment-page-1/#comment-9287

Muitos de nós estamos tão acostumados com a equação jornais = notícias, que esquecemos como o mundo não pode ser resumido, sempre, em 200 palavras. Para nos recordar como o bom jornalismo é um testemunho permanente do mundo, e de nós mesmos, trazemos aos leitores Agnes Mariano.

Nesse livro, a autora reúne quatro grandes reportagens, uma reportagem especial e dois perfis, sobre a história e histórias da Bahia e do litoral baiano, acompanhadas de inúmeras fotos das praias, das pessoas e das paisagens.

Clique aqui e confira esse material  gratuitamente.

Texto do Dr. Marcos Silva Palácios, professor da UFBA, em defesa do diploma para o exercício do jornalismo.

http://www.sbpjor.org.br/sbpjor/?p=1274

http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=2705

Que legitimidade esse “CIRCO” tem para definir o que é melhor para nossa profissão?

Primeiramente, quero parabenizar o SINJORBA pela iniciativa de tentar mobilizar os jornalistas baianos.

Mas, com muito pesar constatei que faço parte de uma classe desinteressada e desunida que infelizmente não sabe se mobilizar e não tem o menor interesse de lutar pelos próprios direitos. Acredito ser inadmissível que uma capital com tantas faculdades de jornalismo e com tantos profissionais formados reúna APENAS 20 pessoas em uma manifestação. Isso é patético! e a culpa não é do SINJORBA ou FENAJ, é sua, você mesmo, o que prefere sempre ficar com a bunda (humilhada, mal paga ou desempregada e com um diploma que hoje é apenas um enfeite de parede) sentada em casa ou no trabalho curtindo o velório da própria profissão sem fazer nada … Nada? Aliás, muitos de nós fazemos “muitas” coisas, como por exemplo, ficar se lamentando, ou discursando pela internet sobre a decisão do STF. Digo aos colegas: muitos picaretas vão entrar em nossas vagas e temos que sair do mundo virtual e tomar as ruas, pois precisamos gritar e lutar JUNTOS por uma profissão mais digna. Sem vocês que ficaram em casa, não iremos para lugar nenhum. A luta é nossa e não de vinte! Temos que lutar enquanto existe tempo, a batalha não será fácil, mas se continuarmos da forma que estamos… O STF será vitorioso.

Pedro Moraes